A ESTETIZAÇÃO DO MUNDO E A VISÃO HERMÉTICO-CONCRIATIVA DAS OBRAS/ACONTECIMENTOS
Resumo
Os processos de estetização estão cada vez mais presentes no mundo de hoje. Normalmente ficamos elencando pontos negativos e, algumas vezes, pontos positivos, sem, todavia, distinguir entre “estetização superficial” e “estetização profunda” ou ainda perceber que todo este processo contemporâneo está influenciado por uma “estetização epistemológica” da Modernidade. Por meio de semelhantes considerações estéticas de Wolfgang Welsch, este trabalho procurará entender essas distinções e apontar para algumas direções fenomenológicas possíveis para o desenvolvimento da “cultura do ponto cego”, que ele sugere em suas análises, como sendo uma contribuição importante para a compreensão da estetização contemporânea do mundo. A fenomenologia do visível e invisível de Merleau-Ponty e a fenomenologia da visão hermético-concriativa de Heinrich Rombach são as bases conceituais para desenvolver a cultura do ponto cego e retomar uma significação antiga de aisthesis theoriké dos gregos. Supomos também que na expressão mineira “óia procê vê!” reside um exemplo do uso concreto da “cultura do ponto cego” e bem como da compreensão originária de theoria.
Palavras-chave: Estetização. Percepção. Visão. Hermética.
Concriatividade.
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